facetas em resina x cerâmica
Por Luisa Marinho
A estética de um sorriso mais branco e harmônico tem sido cada vez mais procurada dentro dos consultórios e a partir disso surge a seguinte dúvida: qual faceta escolher?
Muitos são os questionamentos encontrados no momento de decisão, que deve ser compartilhada com o profissional, pois assim ele também poderá conduzir o caso embasado cientificamente e de acordo com o desejo do seu paciente. Obviamente existem diferenças: as resinas são materiais plásticos e, apesar da constante evolução da ciência e dos materiais produzidos, exigem maior atenção e cuidado.
Para uma faceta bem realizada em resina composta o profissional precisa investir em qualidade com espátulas, pincéis, pontas diamantadas, de polimento e um excelente aparelho fotopolimerizador. Por outro lado, está a responsabilidade do paciente que deve comprometer-se a comparecer no consultório regularmente para realizar polimentos, evitando perda de brilho, desgaste ou pigmentação das facetas. Entretanto, possuem menor custo, não demandam tantas etapas e permitem o reparo de forma mais fácil.
As facetas em cerâmica já são formadas por materiais vítreos, que possuem estética elevada e maior resistência, apesar da fina espessura. Por conta disso, os cuidados diários são mais brandos e o paciente deve preocupar-se mais em manter a oclusão equilibrada e, se necessário, fazer uso de placas oclusais que irão proteger de uma possível fratura.
Entretanto, em caso de doença isso é importante em ambos os casos.
Com relação a maior dúvida da rotina clínica, os profissionais podem responder de forma unânime: o nível de desgaste do elemento dentário depende de diversos fatores atrelados aos pacientes: história dentária pregressa, a presença de restaurações antigas, tratamentos endodônticos realizados, a própria oclusão, entre outros. Alguns casos, é verdade, demandam mínimo desgaste, mas isso é algo avaliado e conversado durante uma avaliação odontológica. Certos pacientes precisam realizar uma adequação do meio anteriormente ao tratamento, o que significa dar atenção especial e tratar possíveis cáries, lesões cervicais, realizar profilaxias e até procedimento clareador, quando se faz necessário alcançar um equilíbrio de cores entre os substratos dentais.
Dessa forma, a decisão entre facetas de resina e de cerâmica deve considerar as necessidades específicas do paciente, as orientações do dentista e as metas estéticas pretendidas. Cada opção possui suas vantagens e pode melhorar significativamente o sorriso, oferecendo ao paciente confiança e satisfação.
Imagem Preparo para Facetas e Coroas Totais em Cerâmica:
Drª Luisa Marinho – CRO 50394/RJ
Imagem Preparo para Facetas em Resina Composta:
Drª Luisa Marinho – CRO 50394/RJ
Referências Bibliográficas
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ZANCO, P; PASSONI, G N S. “Abordagem qualitativa das principais indicações entre facetas diretas em resina composta e facetas indiretas em cerâmica.” Revista Mato-grossense de Odontologia e Saúde 1.1 (2023): 52-64.
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