Hepatite na Odontologia: você conhece os riscos e cuidados no consultório do dentista? Vale lembrar que 28 de julho é o Dia da Luta Contra a Hepatite.
O dentista é apontado como um dos profissionais com alto risco em razão de algumas especialidades cirúrgicas da área, como implantologia, endodontia e traumatologia buco-maxilo-facial, por exemplo. Este tipo de exposição pode facilitar o contágio nestes profissionais.
Descubra quais são os riscos da hepatite na Odontologia e como se prevenir em seu consultório lendo o artigo a seguir.
Confira!
Hepatite: riscos no consultório odontológico
A hepatite é coisa séria. Trata-se de uma doença viral e um grave problema de saúde pública em todo o mundo. Ela provoca inflamação no fígado e pode causar alterações leves, moderadas ou graves.
Na maioria das vezes, os infectados são assintomáticos, mas quando manifestados, os sintomas podem ser cansaço, febre, mal-estar, enjoo, dor abdominal, pele e olhos amarelados, entre outros.
A transmissão pode ocorrer de duas formas: contato direto do paciente para profissional e vice-versa, ou contato indireto de paciente para paciente via material contaminado.
A hepatite na Odontologia é uma grande vilã, pois é considerada a doença viral de maior risco para a saúde bucal, e apesar de ser transmitida pelo sangue, a hepatite do tipo B também pode ser passada pela saliva e fluido gengival, sendo apontada como a maior causa de mortalidade em consultórios.
Medidas de prevenção contra hepatite no consultório do dentista
Hepatite na Odontologia Para diminuir o risco de contágio da doença, é necessário seguir diversas medidas de segurança. Além de ter cuidado redobrado durante o uso de equipamentos pontiagudos ou perfurocortantes, outros aspectos devem ser considerados para prevenir-se desta doença:
Anamnese detalhada
Faça uma anamnese detalhada de todos seus pacientes durante a primeira consulta e não deixe de renová-la anualmente, caso o tratamento permaneça.
Uso de EPI completo
Utilize sempre o EPI completo tanto para atendimento quanto durante a lavagem de instrumental: gorro, óculos, máscara, avental e luva.
Atenção aos resíduos
Separe e guarde todos os resíduos de saúde adequadamente, especialmente os perfurocortantes.
Vacina em dia
Exija que todos os profissionais envolvidos em seu consultório tenham o esquema vacinal em dia, especialmente as vacinas contra a hepatite.
Cuidado extra
Quando se fala em hepatite na Odontologia é necessário prestar atenção redobrada nos pormenores. Em caso de atendimento a pacientes com esta doença, é importante avaliar sua suscetibilidade a infecção e hemorragia, além de efetuar uma anamnese diferenciada, com foco na doença, descrevendo a situação atual da mesma. Testes de coagulação também são indicados.
Como é o tratamento da hepatite B?
A hepatite B na maioria das vezes não requer tratamento e cura-se sozinha. Porém, em alguns casos, pode ser necessário o uso de medicamentos. Saiba como são os tratamentos indicados nestas situações:
- Tratamento para hepatite B aguda
Basicamente, este tratamento requer repouso, hidratação e alimentação equilibrada. Além disso, analgésicos e antitérmicos podem ser utilizados para diminuir o desconforto causado pelos enjoos e as dores musculares.
- Tratamento para hepatite B crônica
Já a hepatite B crônica tem um tratamento que utiliza medicamentos como Lamivudina, Interferon Alfa, Famciclovir ou Adefovir. Como neste caso a doença é persistente, alguns pacientes tomarão o medicamento por toda a vida para evitar o desenvolvimento de doenças como câncer no fígado, pois a replicação do vírus por anos, pode causar danos irreversíveis ao órgão.
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