inovações

Por Victor Hugo Ribeiro

É fato que a odontologia está passando por uma verdadeira revolução tecnológica no Brasil. Novas soluções, como Inteligência Artificial (IA), impressoras 3D, robótica e sistemas CAD/CAM, estão sendo desenvolvidas. Contudo, apesar da ampla gama de inovações, o impacto dessas transformações no setor como um todo não tem sido tão exponencial. Mas por quê? A resposta pode estar na forma como essas inovações estão sendo desenvolvidas: de maneira isolada e sem colaboração.

O setor odontológico já está repleto de inovações, mas elas muitas vezes surgem de forma fragmentada, com cada ator — sejam dentistas empreendedores, universidades, indústrias, startups (odontotechs), empresas, operadoras, rede de franquias, laboratórios ou profissionais da área — desenvolvendo suas soluções de maneira independente. Essas iniciativas, por mais promissoras que sejam, acabam ficando restritas a um nicho específico, sem alcançar a escalabilidade necessária para gerar transformações mais amplas. A ausência de colaboração e integração entre os diversos atores do ecossistema inibe a capacidade dessas inovações provocar um impacto disruptivo em todo o setor.

Para que o impacto seja verdadeiramente disruptivo, é fundamental que haja uma colaboração intensa entre os atores do ecossistema da odontologia: profissionais da área, universidades, empresas, laboratórios, órgãos de classe, governo e startups. Essa colaboração deve ir além de projetos pontuais. Ela precisa envolver a troca de informações, o desenvolvimento conjunto de soluções, a criação de plataformas que integrem os diferentes serviços e a implementação de políticas públicas que incentivem e facilitem a adoção de novas tecnologias. Somente por meio dessa sinergia, que conecta todos os elos da cadeia, será possível promover inovações capazes de transformar todo o setor de maneira sustentável.

Outro ponto crucial é a criação de redes que conectem as inovações. Sem essa conexão, uma inovação pode se perder na complexidade do setor ou ser limitada por barreiras de mercado e regulamentação. Através de uma abordagem integrada, onde diferentes projetos e iniciativas se complementam e se reforçam mutuamente, a inovação pode ser amplificada, gerando um efeito de rede. Isso cria uma base sólida para que o impacto das inovações deixe de ser local e isolado, passando a ser amplamente distribuído, resultando em um impacto exponencial no setor.

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